SEGURANÇA PÚBLICA UNE MORADORES DO CENTRO

Na noite de ontem (31/08), moradores da Cidade Baixa e do Centro participaram de mais uma edição do projeto Reunião de Condomínio, promovido pelo vereador Marcello Chiodo. O tema segurança pública foi desenvolvido de forma muito elucidativa pelo Major Eduardo Ottonelli Pithan, responsável pelo comando da Brigada Militar na região central. O Major explicou que seu batalhão dispõe de apenas 3 viaturas e efetivo de 70 pessoas para atender uma área que vai da Usina do Gasômetro à Rodoviária e da Praça dos Açorianos ao Cais do Porto. Para o Major Pithan, um dos problemas enfrentados pela BM é a confusão que as pessoas fazem entre as competências da polícia civil, federal e militar,o que faz com que os brigadeanos fiquem
sobrecarregados pelas demandas que são de responsabilidade de outros órgãos. Outra dificuldade que a área de segurança pública enfrenta são os presídios. A mistura de pessoas que são presas por razões simples no mesmo local em que estão bandidos de extrema periculosidade não produz bons resultados. Para crimes insignificantes, penas alternativas seriam a melhor opção, segundo o Major. Um dos moradores questionou a respeito da falta de preparo de alguns
policiais.
O representante da Brigada esclareceu que isso é resultado de falta de cursos de reciclagem e formação mais consistente para os novos efetivos. Outro assunto debatido foi o problema da cooptação de jovens pelo tráfico e a participação em atos de vandalismo. Uma solução apresentada pelo vereador Marcello Chiodo será a emenda que vai propor na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para fazer com que grupos de bandeirantes e escoteiros sejam formados nas escolas públicas, com o objetivo de resgatar os valores da juventude que estão se perdendo ao longo do tempo, favorecendo assim a formação de um cidadão mais voltado para a resolução de problemas da sua comunidade. Quanto a situação dos presídios, Chiodo, relatou ainda sua experiência bem-sucedida ao promover cursos formação de cabeleireiras dentro do presídio Madre Peletier, que auxiliaram na reintegração das presas à sociedade.

Redação: Caroline Borges

Fotos: Edu Colvara