sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

REMOÇÃO DE VEÍCULOS PRÓXIMO DE VIRAR LEI

Relato de morador do bairro Cristal, que preferiu não se identificar:

“Não sei mais a quem recorrer. Gostaria que fizessem uma reportagem dos carros estacionados e sem condições na Rua Jaguari. Moro em um condomínio. Quando convido pessoas a irem lá em casa, não tem onde estacionar os carros, pois existem no mínimo sete carros em sucatas. Existe uma oficina na frente. Façam uma reportagem para ver se a prefeitura ou a EPTC faz algo, já que recorri aos mesmos e um empurra para o outro. Além de deixarmos sucatas virarem lixo em nossas ruas, servem de abrigo para marginais e acumulam sujeira. É uma pena. Parece a cidade dos latas-velhas.”
A solução para o problema pode estar próxima: uma lei que determina a retirada pela prefeitura de veículos abandonados nas vias públicas foi aprovada em 23 de dezembro pela Câmara Municipal. O projeto, de autoria do vereador Marcello Chiodo (PTB), considera abandonado o veículo que permanecer estacionado por prazo superior a 30 dias e estiver em mau estado de conservação, com sinais de colisão ou de vandalismo.
O dono da oficina mecânica citada pelo morador do Cristal alegou que os carros que ocupam a frente do estabelecimento estão sendo consertados. Quando avisado sobre a lei que pretende limpar a cidades de carros e carrocerias largados pelas ruas da Capital, afirmou que nenhum estava abandonado, todos tinham motor e eram de propriedade privada.

Proposta aguarda sanção do prefeito

Enquanto a lei não entra em vigor, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) apenas pode autuar e recolher veículos estacionados em local não permitido e em desacordo com o Código Brasileiro de Trânsito. Segundo o assessor da Gerência de Operações e Fiscalização da EPTC, Daniel Denardi, mesmo que se trate de carcaças, se não há infração, o órgão não tem fundamentação legal para remover os veículos.
O autor da lei acredita que carros abandonados atrapalham o trânsito, impedem a limpeza urbana e também servem de foco para a proliferação de doenças, como a dengue. A proposta aguarda a sanção do prefeito, José Fogaça, para entrar em vigor.

Matéria publicada na Zero Hora Zonal Sul em 22/01/2010

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